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Pedro Sequeira à conversa com os cinco treinadores nomeados a Desportista do Ano

Na noite desta quarta-feira, a Confederação do Desporto de Portugal, numa parceria com a Confederação de Treinadores de Portugal, retomou a rubrica "CDP Entrevista" e juntou os cinco treinadores finalistas do Prémio "Desportista do Ano" numa conversa moderada pelo presidente da Confederação, Pedro Sequeira.

Durante hora e meia, numa conversa informal, os treinadores  Hélio Lucas (Canoagem),  Jorge Braz (Futsal),  Jorge Pichardo Fundora (Atletismo),  Lourenço França (Ginástica) e  Pedro Soares (Judo) começaram precisamente por contar como se sentiram ao serem os finalistas do Prémio Treinador do Ano: "Fiquei ainda mais feliz pela nomeação porque eu não fazia ideia que eram as Federações que nos escolhiam e, portanto, é ainda mais reconfortante saber uma coisa dessas", confessou Lourenço França.

Os cinco treinadores falaram sobre a gestão do seu tempo enquanto treinador e partilharam momentos das suas realidades desportivas e Pedro Sequeira questionou-os, ainda, sobre o que consideram que mais falta faz, neste momento, nas respetivas modalidades, desde a iniciação à alta competição.

A fechar a entrevista, cada um dos treinadores deixou uma palavra a todos os treinadores.

"Ser treinador é ser portador de algo que é muito nobre. E vou mais uma vez bater aqui no caso do Jorge Fonseca - foi possível mudar uma vida. Por acaso mudou-se uma vida e transformou-se numa vida de um atleta de excelência", disse Pedro Soares. "Nós enquanto treinadores das nossas modalidades devemos incutir os valores que elas têm, devemos mudar e formar atletas, jovens e homens para a vida."

"Ser treinador é um desafio fantástico. É a capacidade que nós temos, ou a possibilidade que temos de influenciar alguém, de marcar alguém e as maiores medalhas que acabamos por ter são exemplos de ex-atletas, ex-treinadores, de pessoas que dirigem. Os exemplos é o que fica, seja em que patamar for. É um privilégio enorme, ser-se treinador, porque temos sempre estes valores conosco", afirmou o Treinador do Ano da Gala do Desporto, Jorge Braz. 

"O que é que pode fazer o treinador? Pode fazer a diferença", começou por dizer Lourenço França. "A minha mensagem para os treinadores que nos estão a ouvir é essa mesma: aprendam. Nunca parem de aprender, porque nos dia em que paramos de aprender porque achamos que já somos muito bons é o dia em que vamos estagnar e tudo vem por aí abaixo. Que possamos sempre tratar com o mesmo empenho, com o mesmo carinho todas as camadas de formação que nós apanhamos".

"O objetivo fundamental do treinador é educar, ensinar e formar as novas gerações não só no processo desportivo, mas formá-los como pessoas. Que nunca se esqueçam que essa é a tarefa fundamental do treinador - ser pai, ser irmão, ser amigo, ser filho de todos os atletas. Essa é a parte fundamental para que o treino corra bem e tenha êxito", destacou Jorge Pichardo Fundora.

"Apesar de na Federação estar sozinho, no clube onde ainda dou uma colaboração e gosto de ir lá e de trabalhar, tenho o privilégio de ter como treinadores pessoas que foram meus atletas, todos e de encontrar, todos os dias, atletas a acabar o curso e a começarem ali a trabalhar. E o que lhes tento transmitir é isso - é o gosto, a paixão por ser treinador, por trabalhar, por educar", contou Hélio Lucas. "O que também nos deixa contentes é ver que essa paixão passa do treinador para os nossos atletas e depois eles seguem essa paixão nos clubes. Não há impossíveis, há o sonho de podermos um dia lá chegar".

 Veja ou reveja a fantástica conversa entre os cinco treinadores e Pedro Sequeira no  Facebook da CDP .