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Márcia Ferreira representa Treinadoras no Comité Internacional de Goalball

Márcia Ferreira, selecionadora nacional da Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Visual (ANDDVIS), que já é uma referência incontornável no desenvolvimento do Goalball e na promoção do desporto para pessoas com deficiência visual, foi nomeada Representante das Treinadoras no Comité Internacional de Goalball pela direção do Internacional Blind Sports Federation (IBSA)!

“Este é um reconhecimento internacional do trabalho, dedicação e competência que Portugal tem vindo a demonstrar no cenário do Goalball mundial. O seu compromisso em elevar a modalidade e dar voz às treinadoras de todo o mundo representa não só uma conquista pessoal, mas também um passo gigante para o desporto português para pessoas com deficiência”, pode ler-se nas redes sociais da ANDDVIS.

A Confederação de Treinadores de Portugal quer destacar esta importante nomeação internacional e foi conhecer melhor a Treinadora Márcia Ferreira através do nosso PASSAPORTE TREINADOR!

Nome: Márcia Ferreira

Modalidade: Goalball

Grau de Título Profissional de Treinador de Desporto (TPTD): Grau II

Formação Académica: Licenciada em Reabilitação Psicomotora; PG em Necessidades Educativas Especiais; PG em Neurodesenvolvimento; MBA em Gestão Desportiva; Mestrado em treino Desportivo; Estudante de PHD – Goalball

Treinadora: a tempo parcial

Qual a sua outra profissão? Terapeuta do Neurodesenvolvimento/ Gestora Desportiva

Treinadora de : Alto rendimento

Há quantos anos é Treinadora: 17 anos

Filosofia de Treino: Acredito que treinar é um ato de servir. Por isso a minha filosofia foca-se no servir com excelência e compromisso, proporcionando um ambiente onde os atletas possam atingir o seu máximo potencial. Servir com excelência significa estar presente, ouvir, compreender as necessidades individuais e trabalhar arduamente para as melhores oportunidades de desenvolvimento. 1% melhor todos os dias!

Qual considera ser a sua principal responsabilidade como treinador? Proporcionar as melhores condições para o crescimento/ desenvolvimento dos atletas, numa abordagem holística e ecológica, onde cada elemento do treino (técnico, tático, físico, emocional...) é trabalhado de forma integrada e interdependente. Em alto rendimento nada pode ficar ao acaso... É necessário garantir uma evolução equilibrada e sustentada, respeitando as necessidades individuais e coletivas. Valorizar cada um e explorar todo o seu potencial. Além disso, o meu papel vai além do "treino", é inspirar, orientar e fomentar um sentimento de responsabilidade partilhada, promovendo a excelência desportiva, mas também o desenvolvimento humano e social dos atletas.

Que competências desportivas acha fundamentais trabalhar na sua modalidade? No Goalball é essencial desenvolver um conjunto de competências de forma integrada, assegurando que os atletas evoluem não só nas dimensões técnica e tática, mas também nos aspetos físicos, cognitivos e emocionais que influenciam o desempenho.

Que competências pessoais considera fundamentais ter como treinador para desenvolver os seus atletas? Acredito que um bom treinador assenta numa tríade essencial: competência técnica, habilidades de comunicação e quociente de humanidade. Estes três pilares são fundamentais para desenvolver os meus atletas de forma plena, assegurando a sua evolução desportiva, mas também o seu crescimento enquanto indivíduos.

Que experiências de vida o têm ajudado na sua profissão como treinador? Desde criança sonho em fazer a diferença... Cresci numa aldeia e, ainda em pequena, visitei uma APPACDM local. Não compreendi naquele momento, na simplicidade da idade, por que razão a escola não era para todos. Essa inquietação nunca me abandonou. Naquele momento, nasceu em mim um propósito: lutar para que todas as pessoas tenham acesso às melhores oportunidades, independentemente das suas necessidades específicas.